domingo, 27 de setembro de 2009

MEU FILHO, MEU ÍDOLO...



Certa noite com pouco sono, aproveitando a emoção latente em meu coração, fiquei imaginando como descrever a emoção de ser pai, tentando demonstrar a dimensão do amor que nos une.
Relembrava com saudades de quando era pequeno e de quantas noites acordei e fui ao seu quarto ver se estava tudo bem. Preocupava-me com o frio e o calor, cobrindo-o de acordo com a necessidade ou direcionando o ventilador para a posição que ventilasse o quarto, mas ao mesmo tempo não o resfriasse.
O sentimento de proteção era tão grande, que às vezes a sensação transcendia minha alma e todo o meu ser. Sabia de minha tarefa e de minha responsabilidade, queria fazê-la da melhor maneira possível. Ser pai é ser escolhido por DEUS, para ser o educador de seus filhos
Palavras fogem no espaço, como que sugadas pela fumaça do cigarro que queima no cinzeiro. Neste momento são poucas para poder expressar a emoção que estou sentindo. Falar apenas de amor é fácil, é simples, até banal, o difícil é conseguir passar a emoção para o papel, transcrevendo-a em palavras.
DEUS foi muito generoso, me dando um filho irrefutavelmente digno, íntegro e completo, vindo da "fábrica dos céus" com todos os equipamentos disponíveis para muitos poucos, como a dignidade, a humildade, a sensatez, a humanidade, a coerência, a hombridade, a ponderação, a pureza, a justiça e principalmente o amor, sem a necessidade de RECAAL, pois sendo iluminado, é uma pessoa com alma justa, percebido por seus amigos e todos que o cercam, mesmo com sua pouca idade.
Você é diferente, tem o sentido do equilíbrio, da justiça, tem o poder da decisão e a certeza de que caminho tomar. Você é líder como poucos serão neste mundo, pois a sua bandeira que é o amor, só foi erguida com distinção uma única vez. De uma maneira bem simples posso dizer que a vaga estava em aberto, mas já foi preenchida. Erga a sua bandeira, carregue-a aonde quer que vá e verás tantos seguidores te acompanhando que um dia se perguntará:
- PARA QUE?... Para mostrar que o amor é a única arma justa na vida de uma pessoa.
Digo com o maior orgulho, sou seu maior seguidor, seu maior fã, onde errei me perdoe, onde acertei, me fale, onde deseja que eu melhore, me oriente...
Continue seguindo os seus passos...
Eu, nesta etapa de sua vida, infelizmente só posso te acompanhar, estar sempre do seu lado... Tudo o que aprendi te repassei...
Agora é a sua vez....Seja forte, caminhe a passos largos, lute, conquiste, perdoe , ame, chore, esbraveje, pois tens o mundo todo pela frente...
Uma mão firme e segura encosta em meu ombro, me viro rápido para o lado e percebo que estás ao meu lado, vendo surgir de seus lábios a pergunta:
- Tudo bem pai?... Você não vai dormir?...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

EM CADA CANTO UM CONTO...


"EM CADA CANTO UM CONTO" será o próximo lançamento, reunindo todos os contos inéditos e os postados semanalmente neste blog. A temática principal de todos eles é o amor, sentimento perdido nos tempos atuais mas que representa a felicidade de quem o tem e, a tristeza de quem ainda o procura. O humor passa a fazer parte integrante de alguns deles, aproveitando algumas histórias de velhos conhecidos, onde a simplicidade de homens interioranos demonstra toda a sua sutileza em ver a vida.

UM PAI ESPECIAL...



Bolinha de gude, quantas vezes não sei,
Pipa ao vento, não me relembro,
Pique esconde, então nem pensar,
Lembranças perdidas no tempo.

Tempo não teve para muito conversar,
Obrigações arcadas pela profissão,
Correndo na vida para dar o estudo,
Saúde, estabilidade e educação.

Sábado e Domingo, corrigindo as provas,
Para a próxima semana, aulas preparando,
Quanto tempo perdeu, sem poder ter perdido,
De ter passado comigo brincando.

Tristeza não tenho, então eu confesso,
Mágoa nenhuma, ao longo da vida,
Mas a saudade é a dor maior,
Do Walfrido, do pai, da despedida.

Mas o legado enfim foi deixado,
Talvez não o entenda, você.
Ser só pai é muito pouco,
Amigo é o verdadeiro querer.

A quantidade então não importou,
A diferença, foi a qualidade,
Meu pai, meu cúmplice, meu irmão,
Meu amigo por toda eternidade.

O RETORNO...



Bochechas rosadas pelo sol ofuscante,
Na mão um chapéu de tropeiro,
No cinto um canivete brilhante,
Mas no olhar algo verdadeiro.

Andar desconfiado pela simplicidade,
Nos pés um chinelo de dedo,
Não sei precisar sua idade,
Mas a felicidade estampada no peito.

Talvez quem sabe, sua vez primeira,
Com a felicidade de sua ida,
De ter conhecido a Padroeira,
Nossa Senhora de Aparecida.

Orgulho ele não aparentava,
Dinheiro muito menos ainda,
Mas nada disso importava,
Muito melhor foi sua vinda.

Foi-se embora com a esperança,
Olhei para trás, e não mais o vi,
Mas o menino me trouxe a lembrança,
Da primeira vez que estive aqui.

Muitos anos se passaram então,
Vejo mudanças a cada hora,
Tudo é novo para minha visão,
Mas o que vale é ver a Senhora.

Minha fé por vezes titubeou,
Coloquei a Senhora em algum canto,
Perdoe seu filho que errou,
Que lhe suplica com seu pranto.

Voltarei muitas vezes, sem tristeza,
Com o pensamento bem lá atrás,
Para não perder nunca a pureza,
Da criança que agora, sempre verás.

MINHA FLOR...


No meu jardim, plantei uma rosa,
Cuidei, cultivei, agüei todo prosa,
Para mim, era a flor mais linda do mundo,
Tinha orgulho, dedicação e amor profundo.

Das pragas, doenças, enfermidades a protegia,
Doei meu amor, minha vida enquanto crescia.
Tornava-se forte, e pra vida despontava,
Difícil demonstrar o quanto a amava.

Do meu jardim, então começou a caminhar,
Passos vigiados, do jardineiro a chorar,
Sabia que o destino assim a levaria,
Dor, medo, saudade, mas também alegria.

Dever cumprido, da semente agora crescida,
Aprender a dividir minha flor com a vida,
Nos acertos, da sua alegria compartilhar,
Sofrer, e estar ao seu lado quando chorar.

Meu jardim agora está vazio,
Relembro saudoso, os anos a fio,
Dever cumprido, talvez ele esteja,
Sentimento guardado com tristeza.

Jardineiro eu fui, e para sempre serei,
Para o resto da vida, ao seu lado estarei,
Aguardo ansioso, poder te ajudar,
E uma nova flor poder cultivar.

PARA A MAIS LINDA FLOR... Minha filha Camilla...



terça-feira, 22 de setembro de 2009

SETEMBRO VINTE E DOIS...

Primeiro dia da Primavera. O anúncio do prenúncio das flores e seus perfumes. Mas as chuvas torrenciais atualmente também a acompanham, impondo as marcas da modernidade, me fazendo ver que em tudo há mutações, mudanças que conhecemos, mas que não acreditamos serem possíveis. Uma grande enchente me arrasta, neste instante exatamente...me leva ao meu passado, meu futuro não conheço, me retira do presente... O que falar da amizade?... Como descrever a verdadeira?... Só quem a viveu, assim como eu!... Seria muito pouco tentar descrevê-la, pois estaria sendo incoerente comigo mesmo, estaria falando de mim, quando deveria descrever que o maior de tudo nesta amizade é, e foi tê-lo como "meu amigo"...
Tenho certeza hoje, de que eu não te escolhi, fui escolhido. Isto é uma dádiva, uma benção. Gostaria de retribuir, mas como?... Pergunta sem resposta... Dúvida interminável... Nossos próprios irmãos de sangue, sabiam e entendiam que também éramos irmãos, de genitores diferentes, mas com afinidades intermináveis... Amigos até então inseparáveis...
Cômico até, mesmo sogro e mesma sogra, nossas esposas irmãs. Um padrinho escolhido antes do nascimento do afilhado, em uma das melhores escolhas de minha vida. Compadre, amigo, irmão, concunhado, parceiro, guerreiro, confidente... Em quantos copos derramamos as nossas lágrimas pelos nossos problemas e em quantas garrafas falamos de alegria e de felicidade?... Perdi a conta... E agora não quero mais contar... Perdeu a graça... O seu engasgo quando ameaçava chorar, enraizado nas palavras de lingua desconhecida quando excedia no gole, estão guardados... Quantos porres tomamos juntos, ao discutirmos literatura, cultura, política, educação, princípios, futebol, esporte e mulher, sem ao menos estarmos bebendo nada. Falávamos da vida...
Mas ela não é eterna... Existe uma ponte de ligação com o lado em que você hoje está...
Hoje é o dia do seu aniversário, a data do início de sua vida... A data marcada por DEUS, para o nascimento de uma de suas grandes obras... Um homem grande e um grande homem, que apesar do tamanho, demonstrou que simplicidade e delicadeza tem espaço de sobra na hombridade.
2009 o ano da mudança... Não para todo o mundo, pois ele infelizmente não pôde compartilhar de sua alegria de viver... Mas sim para nós, que o perdemos.
Mas fomos os escolhidos... Tivemos a sua presença... Todos a sua maneira...
E eu, humildemente como amigo...
Saudades meu irmão...
Para:
LÚCIO RICARDO CAMPOS VIEIRA

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

MEU PRIMEIRO LIVRO PUBLICADO...


É com grande alegria que comunico que o meu conto: "ROSINHA, MINAS MINHA, GERAIS", foi escolhido e fará parte da Coletânia "ETERNOS AMORES", do Clube dos Escritores de Alvorada, Rio Grande do Sul. Acredito que em pouco tempo o mesmo estará à vendas nas Livrarias.

O TREM DA SAUDADE


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JULIANA


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O CAMINHO INVERSO


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A PASSAGEM


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